quarta-feira, 31 de outubro de 2007


Recife, 25 de junho de 2007, Logo cedo como de costume levanta cedo eu e meus irmãos para ir trabalhar, um dia chuvoso mais não menos bonito, saímos de casa e vamos para Olinda, para o escritório da empresa lá chegando encontro os problemas e dificuldades de sempre, dificuldades cobranças e tudo mais, penso: “sem bronca, a vida é assim e continuo a trabalhar”, a empresa vai de mal a pior, mas enfim, como no limite não há nada a fazer resolvo ir ao centro procurar um apartamento para alugar, já que atualmente sou quase um sem teto também e tome chuva! Procuro e procuro a tarde inteira, visito alguns prédios achei alguns interessantes um dos que vi era ao lado de um prostíbulo gostei de pronto, contudo caro demais outro vi era em cima de um bar esse me apaixonei só que pequeno demais, fui na Avenida Mario Melo, Rua da Saudade, Parque treze de maio e nada e no meio disso tudo chuva que só a “mulestia dos cachorro!” Ai pensei o dia de Corno! Resolvo ligar para minha amiga Isabela a fim de pegar algumas informações, afinal de contas preciso ir escolher as fotos da formatura de seis meses atrás que ainda não fui atrás, falo com Belinha ela me orienta e vou lá, penso “alguma coisa tem que dar certo” e fui. No meio do caminho encontro meu amigo “Coxinha” conversamos cinco minutos e vou embora sigo para a Maximus Eventos, chego lá escolho ta tudo certo, vou para casa pego o ônibus Bomba do Hemetério, ônibus lotado enfio o passe-fácil e ocorre o pior o “Infeliz” acabou, tive que dar meus últimos dois reais...

Chego em casa finalmente depois de um tão movimento e penso “Chovendo eu aqui sozinho com fome assistindo novela, sem mãe sem irmão sem namorada nem nada do gênero, TÔ FUDIDO ”...vou tomar um banho frio chamo um “bucado” de palavrão mais é assim a vida continua, logo após meu irmão chega já não estou só, e trás dinheiro, finalmente uma boa noticia penso, só havia mais um pequeno detalhe, como ligar? Meu celular sem crédito, o dele também o fone de casa cortado, fudeu de novo e de vez agora! Ele tem uma idéia, “Vamos ligar para o interior e pedir para caminha pedir a pizza pra gente!” acato a idéia e penso “estamos salvos”! só que a vida é uma caixinha de surpresas, tínhamos R$ 25,00 e precisávamos de R$ 28,00, discutimos, debatemos e nada resolveu, resolvemos pedir mesmo assim e aventura, iremos dar um toco no motoqueiro...no decorrer do processo, chego o cara uma chuva da porra nos entregamos o dinheiro faltando, debate mais uma vez, reclamação e conseguimos convencer o cara de nossa triste situação, acertamos dele pegar o cheque no fim da semana com um “Juro” básico e o guaraná do Rapaz...ai inocentemente pensamos “Graças a deus ta tudo certo” começamos a comer e na segunda garfada, gole vai gole vem na coca, não mais de repente a Luz se vai e ficamos no escuro! E pensamos essa porra de CELPE, é uma merda a culpa é de Jarbas que privatizou! Com fome no escuro tínhamos apenas em mãos um celular para iluminar, sem velhas e com outro celular descarregado e no decorrer do processo, comendo ou ao menos tentando comer no escuro pensamos: “PoW Deus ta botando pra fuder meu vei! ta foda!” comemos uma parte da pizza e esperamos no escuro a luz chegar o tempo passa e nada, e pensamos vamos na vizinha pedir umas velas emprestada, e ai fomos na casa de Marilene, detalhe a mulher que inclusive nos ajuda é Crente e começou a dizer que era castigo de Deus e tudo mais, que estávamos pagando por nosso pecados, que tínhamos que orar, enfim não estávamos em posição de falar nada, dependíamos das velas, e escutamos quando estávamos indo embora a senhora diz, cuidado velas acessas chamam demônios! ai pensei mais uma vez, “Fudeu de vez, só faltava essa!” contudo não havia nada a fazer ficamos lá a luz de velas esperando a energia chegar, pra finalizar a energia muito tempo depois chega já no ultimo bloco de Jô Soares, depois disso fomos dormir nada havia a fazer depois de tantos momentos de tensão. Contudo eu não mais consegui passei boa parte da noite acordado lendo uma Revista CARAS que peguei emprestada da recepção da empresa que trabalho.


Por Esequias Pierre

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